14º PERIFERIAS – Festival Internacional de Artes Performativas
14th PERIFERIAS – International Performative Arts Festival
DIA 1 DE MARÇO | 21H30 | Casa de Teatro de Sintra
1st OF MARCH | 21H30 | Sintra Theater House
De / From Rugas Associação Cultural
Teatro | M/12 | 75 Min.
Bilhetes à venda na Ticketline / Tickets for sale on Ticketline
5€/pax | público em geral / general public
2,5€/pax | <25 ou/or >65
A guerra é sinónimo, entre outras coisas, de separação.
Separação de pessoas, de países, separação de vidas.
Em Portugal, a guerra em África, iniciada em 1961, trouxe igualmente essa separação, esse legado de perda, o medo, o desconhecido, a espera de um regresso.
Que regresso? À Vida? Ao Amor?
Memória(s) em confronto com o presente e com um futuro, (im)possível?
A mulher que espera, que aguarda a chegada do homem que ama e que partiu. Para a guerra, para longe. Voltará? E quando voltará?
Ao voltar, que homem é aquele que volta?
Ao chegar, que mulher é esta que viveu parte da sua vida em espera?
O que a espera transformou, que marcas deixa o tempo em quem espera.
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War is synonymous, among other things, with separation.
Separation of people, countries, separation of lives.
In Portugal, the war in Africa, which began in 1961, also brought this separation, this legacy of loss, fear, the unknown, the wait for a return.
What return? To Life? To Love?
Memory(ies) in confrontation with the present and with an (im)possible future?
The woman who waits, who awaits the arrival of the man she loves and who left. To war, away. Will you return? And when will you return?
When he returns, what man is he who returns?
Upon arrival, which woman is this who has lived part of her life in waiting?
What waiting has transformed, what marks time leaves on those who wait.
Penélope, é uma criação artística de cruzamento entre a arte performativa e visual, com recurso a pesquisa de arquivo e espólios particulares, de cartas, aerogramas, fotografias, testemunhos reais e ainda à consulta da obra SINAIS DE VIDA de Joana Pontes (investigadora e realizadora), consultora do trabalho de pesquisa e investigação dramatúrgica neste projeto, para a contaminação de um objeto artístico, simultaneamente documental e ficcional.
Penélope materializa um ensaio sobre a espera vs autonomia e liberdade, do ponto de vista do ser feminino. Inspirados no mito clássico da mulher PENÉLOPE que esperou vinte anos pelo marido Ulisses, revisitamos uma condição, de génese feminina, que ainda no século XXI se verifica.
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Penélope, is an artistic creation of a cross between performative and visual art, using archival research and private estates, letters, aerograms, photographs, real testimonies and also consulting the work SINAIS DE VIDA by Joana Pontes (researcher and director), consultant for the research work and dramaturgical investigation in this project, for the contamination of an artistic object, simultaneously documentary and fictional.
Penélope materializes an essay about waiting vs autonomy and freedom, from the point of view of the female being. Inspired by the classic myth of the woman PENÉLOPE who waited twenty years for her husband Ulysses, we revisit a condition, of female genesis, that still exists in the 21st century.
RUGAS tem como principal atividade a criação artística multidisciplinar, cruzando caminhos que questionem o tempo e a interferência das suas múltiplas dimensões e conceitos, nas pessoas, nas ideias, nos lugares, na sociedade, na vida.
Atentos ao mundo atual e às questões sociais e políticas prementes, em diálogo permanente com o imaginário, a identidade, a memória coletiva, e o seu património material e imaterial, desenvolvemos o nosso trabalho versando sobre a condição humana.
Nesta perspetiva, e tendo em conta o contexto político social português, sentimo-nos interpelados a criar um objeto artístico e documental sobre a condição feminina considerando, com um foco particular, este período da história portuguesa, ainda velado para a maioria das mentes.
Somos “filhos da madrugada” e sentimos na pele os véus que toldam o conhecimento desta(s) história(s). Sentimos urgência em investigá-los, pensá-los e partilhá-los crítica e criativamente, enquanto artistas livres e socialmente engajados.
É essencial, para nós, intervir na polis que habitamos partilhando e usufruindo da liberdade de pensamento que a arte nos proporciona.
Pretendemos como estrutura cultural formar uma coluna documental que, dialeticamente, relacione o passado com o presente e que daqui provenham ficções, deambulações performativas e outras ações criativas. Interessa-nos fortalecer o nosso percurso com as reflexões que o passado nos convoca, e nos interpela à ação perante o nosso olhar da contemporaneidade.
Texto Original – composição coletiva. Inspiração direta em aerogramas e cartas trocadas durante a Guerra em África, testemunhos reais e arquivos históricos / Direção Artística e Cocriação de Patrícia Susana Cairrão e Ricardo G. Santos / Interpretação de Patrícia Susana Cairrão / Composição Musical e Sonoplastia da RUGAS Associação Cultural / Cenografia e Figurinos de Rita Capelo / Fotografia de Cena de Teresa Martins / Espaço Cénico e Figurinos de RUGAS Associação Cultural / Direção Técnica do SHOW Doutor / Produção Executiva de Sofia Correia / Produção e Comunicação de Andreia Lola Lourenço / Gestão de Redes Sociais e Comunicação de Liliana Costa / Design de Luís Mileu / Parceiros de Comunicação: Magazine.HD, ma3cor atelier de impressão, Coffeepaste e Antena 1 / Uma produção da RUGAS Associação Cultural / Financiamento da Câmara Municipal de Sintra Agradecimentos: Joana Pontes (Investigadora e Realizadora), Câmara Municipal de Sintra, testemunhos reais e espólios particulares – Maria Joaquina Cairrão, Domingos Cairrão, Filatelia Portela, Filatelia do Chiado, Filatelia Isabel Raposo
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