AUTOR: GISELA CAÑAMERO
ENCENAÇÃO: GISELA CAÑAMERO
ESTREIA: 25 DE JUNHO
Co-produção com Arte Pública

SINOPSE

Uma jovem mulher prepara-se para levar os seus dois filhos à escola: é dia de récita. As crianças, vestidas de duendes, brincam, aos pulos, na cama. Clarisse, a Mãe, está vestida de fada, pronta para participar naquele momento de fantasia.

Lembra-se então de que, antes de sair de casa, terá de colocar os sacos de lixo no contentor. Ei-la, vestida de ser mágico, a cumprir as rotinas diárias dos pobres mortais. Clarisse dirá “Até já” aos filhos, enquanto fecha a porta do apartamento, desconhecendo que será, para sempre, “até sempre” –  e que, quando pisar a rua de alcatrão saindo do empedrado do passeio, estará, de facto, a passar uma fronteira: a daquilo a que chamamos de vida, para aquilo a que nos habituámos a chamar de morte.

Debruçando-se sobre a impermanência e o efémero, a fragilidade das nossas convicções acerca da vida, construídas por sucessões de hábitos e de rotinas, AQUI FUI: CLARISSE. é  um poema onírico que se instaura cenicamente através do diálogo entre a música, o canto, a representação e os universos sonoros e visuais, guiado por Adaíl – Aquele que mostra o Caminho – no momento do inesperado passamento  de Clarisse – cuja consciência atravessará os estádios de estranheza – do espaço e do tempo – de negação, de talvez discernimento, de interrogação, de recordação, de apego e hesitação – até à aceitação.

Da autoria de Gisela Cañamero, a proposta dramaturgica é ancorada nos pressupostos de um dos principais intérpretes do budismo tibetano no ocidente, Soyal Rinpoche, e, poeticamente tocada pelos universos de Clarice Lispector, David-Mourão Ferreira, Ruy Belo e de António Franco Alexandre.

FICHA TÉCNICA E ARTÍSTICA

Texto,  Música e Encenação: Gisela Cañamero; Interpretação: Isabel Moreira e Paulo Duarte; Piano: Ângelo Martino; Violoncelo: Jorge Teixeira; Voz off: Gonçalo Ramos; Direcção Musical: Isabel Moreira; Arranjos musicais: Isabel Moreira e Filipe Vieira; Direcção Técnica: André Rabaça e José Manhita; Sonoplastia: José Manhita; Vídeoplastia e Luminotecnia: Rafael Del Rio; Produção Executiva: Nuno Correia Pinto e Raul Bule