Maria Almira Medina

Página de homenagem

POESIA À JANELA

Récita de poemas de Maria Almira Medina celebrando a sua Vida e Obra no 103º aniversário
29 AGO | CASA DE TEATRO DE SINTRA
Nas escadarias ao lado do edificio
Maria Almira Pedrosa Medina

nasceu em Tavarede, Figueira da Foz, a 29 de agosto de 1920. 
Viveu em Sintra desde os seis anos de idade até ao seu falecimento em 2016.

Licenciada em Filologia Românica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Tem o curso de Ciências Pedagógicas. Quando docente, foi animadora de uma ação (ensino do teatro e da poesia) junto de escolas secundárias e coordenadora de jornais escolares impressos que incentivaram exposições, colóquios e atividades regionais. Fez estágios voluntários em estabelecimentos belgas e contatou com movimentos educacionais belgas, designadamente: École de l´État de Ganshoren, Institut Léon-Lepage e Universidade Livre de Bruxelas. Nesta cidade, frequentou o estúdio/escola do pintor Sommville.

Como artista plástica, expõe desde 1943, abrangendo a sua atividade a pintura, o desenho, cerâmica, ilustração, desenho animado, caricatura, trapologia, joalharia, têxteis, publicidade e estilismo. Fez a sua primeira exposição coletiva em Sintra – “I Exposição dos Artistas Sintrenses” (1943) – e a sua primeira exposição individual em Lisboa (Galeria Stop) – 1945 tendo, depois, exposto em vários locais do país e do estrangeiro.

Para além de tradutora do francês, do espanhol e romeno, colaborou, também, em vários jornais, revistas e livros escolares (alternando textos com ilustrações), entre outros: “Mundo Literário”; “Vértice”; “Horizonte” (Faculdade de Letras de Lisboa); “Cadernos do Meio dia”; “Notícias do Bloqueio”; “Bandarra”; “Sol XXI”; “Viola Delta”; “Jornal de Sintra”; “Jornal de Letras e Artes”; “Aventuras do Diálogo”; “Poetas de Viva Voz”; “Vária Escrita”; “Nova Águia”; “República”; “Diário de Lisboa”; “Diário Popular”; “O Século”; “Jornal de Notícias” (Porto); “A Bola”; “A Pena”; “Sintra Regional” e outros.

Aquando da morte do pai, António Medina Júnior, fundador do “Jornal de Sintra”, assumiu a direção do mesmo (1983 a 1991). Está presente em várias antologias: “Antologia da Novíssima Poesia Portuguesa” (2.ª edição – Círculo de Poesia, Morais Editora, 1961); “Poesia Portuguesa do Pós-Guerra” – Edições Ulisseia, 1965; “Mãe” – Editorial Franciscana, Braga; “A Mãe na Poesia Portuguesa” – Livraria Popular de Francisco Franco, 1971; “800 Anos de Poesia Portuguesa” – Círculo de Leitores, 1973; “Antologia da Poesia Feminina Portuguesa”; – Edições Jornal do Fundão, 1973; “100 Anos, Federico Garcia Lorca, Homenagem dos Poetas Portugueses” – Universitária Editora, 1998; “Antologia de Poetas Portugueses e Brasileiros”, Vol. I, BL e S; “Florilégio de Natal” (“Christmas Anthology”) – Universitária Editora, 2000.

Foi membro da Associação de Jornalistas e Homens de Letras do Porto; Associação dos Amigos de Ferreira de Castro; Associação Portuguesa de Educação pela Arte; Associação Cultural Sol XXI. É membro da Associação Portuguesa de Escritores; Instituto de Sintra; cooperadora da SPA (Sociedade Portuguesa de Autores). Foi diretora da revista “Sintra Regional”.

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Sala Maria Almira Medina

A sala da Casa de Teatro de Sintra, em 1999, foi “batizada” com o nome de Maria Almira Medina, em homenagem à escritora, poeta e caricaturista, que tanto contribuiu para a dinâmica cultural de Sintra, que perdura até hoje, e que incutiu o espírito de assistência mútua e de comunidade. Graças à sua intervenção, tão subtil quanto infalível e transformadora, vários grupos e artistas contaram com a sua solidariedade ativa.

Fascinante na história de vida, na identidade e na ação junto da comunidade, Maria Almira Medina é exemplo de coragem, sensibilidade, criatividade e humanismo. É, por isso, com muita honra que também esta Casa contribui para perpetuar o seu nome. “Camarada da Arte”, como lhe chamou Almada Negreiros em 1944, Maria Almira Medina (1920-2016) foi artista total, tendo deixado no seu legado obra artística, poética e o seu espírito de serviço à Cultura.