AUTOR: Nicolai Khalezin (Belarus Free Theatre)
ENCENAÇÃO E DRAMATURGIA: Susana C. Gaspar
INTERPRETAÇÃO: André Pardal, Beatriz Oliveira, Catarina Rôlo Salgueiro, Hugo Sequeira, Patrícia Susana Cairrão (RUGAS) e Rogério Jacques
CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA: M/16
DURAÇÃO APROX.: 60 min.
ESTREIA: 11 DE ABRIL 2024
11 a 28 abr | quinta a sábado às 21.30h e domingo às 16h | Casa de Teatro de Sintra, Lisboa (localização no google maps)
Bilhetes: ticketline.pt
Informações e Reservas: 219 233 719 (10h às 22h) ou na página da nossa bilheteira
Aviso importante: Espetáculo com efeitos estroboscópicos
30 abril | ter. 21.30h | Teatro Art’imagem, Quinta da Caverneira, Maia, Porto (localização no google maps)
Informações e Reservas: 917 691 753 | 910 818 719
“Erro 403” é uma peça da autoria de Nicolai Khalezin, co-fundador e diretor artístico da companhia Belarus Free Theatre, conhecido pelo seu teatro político. O guião retrata a primeira vítima da revolução bielorussa, Alexander Taraikovsky, que morreu durante um protesto pacífico após eleições fraudulentas no país, a 10 de agosto de 2020. Taraikovsky, de apenas 34 anos, foi assassinado na cidade de Minsk com um tiro no peito, disparado por uma arma que se comprovou pertencer à polícia especial de intervenção, mobilizada naqueles dias para dispersar os manifestantes. Como protagonista, contudo, não está Taraikovsky, mas sim o polícia responsável pelo tiro fatal.
“Мы не даруем. Мы не забудзем.”
(“Não perdoaremos. Não esqueceremos.”)
Fundado há 19 anos, o Belarus Free Theatre (BFT), atualmente sediado em Londres devido à perseguição política do governo Bielorrusso, seleciona as suas produções com base em três princípios: justiça social, assuntos proibidos e violações dos direitos humanos.
‘Erro 403‘ teve a sua estreia mundial em maio de 2023, no Teatro Vaba Lava da Estónia, onde estiveram presentes a presidente da Estónia, Kersti Kaljulaid, e a presidente Bielorrussa eleita em 2020 e atualmente exilada na Lituânia, Svetlana Tikhanovskaya.
A estreia ocorreu numa altura em que as autoridades de Minsk ainda tentavam encobrir o memorial feito pelos cidadãos a Alexander Taraikovsky com sal, tinta e lixo; ação esta que não vingou face à persistência do povo bielorrusso em manter viva a memória deste ataque de repressão e de todas as vítimas que lhe seguiram. Esta atitude foi uma das muitas que o governo e as forças policiais bielorrussas utilizaram para tentar controlar a situação e negar a sua responsabilidade pela morte de um manifestante indefeso. Inicialmente, tentaram mascarar a causa de morte acusando Taraikovsky de ter nas mãos uma granada que explodiu; contudo, as filmagens feitas do momento, que ainda se encontram na internet, e a gravação áudio de uma conversa telefónica entre membros das forças de intervenção e do governo a que os meios de comunicação tiveram acesso, revelaram inequivocamente que Nikolia Karpenkov, chefe da GUBOPik, uma unidade policial especial na Bielorrússia, admitiu que Taraikovsky foi baleado pela polícia. A peça de Khalezin, no entanto, não se concentra em Taraikovsky como protagonista principal, mas imagina o agente da unidade de intervenção Almaz – uma unidade especial antiterrorista do Ministério de Assuntos Internos da Bielorrússia – que disparou o tiro fatal.
Num programa do canal ETV+, “Actual Camera”, Khalezin comentou que, “Parece-me que é mais importante ter o foco naqueles que fazem isso (os tiroteios e a tortura). Porque quem sofre vive numa lógica compreensível, luta pela liberdade. Mas porque é que este agente da polícia disparou contra um manifestante desarmado? Por que é que ele luta? Estamos agora a tentar compreender isto de alguma forma, porque eles também são bielorrussos e precisamos de continuar a conviver com eles”.
Parte da pesquisa para o texto envolveu a comunicação com representantes de agências legais. Khalezin comenta ainda: “Eles não são inicialmente vilões, mas, por alguma razão, eles transformam-se em vilões. Esta é também a questão: como proteger a sociedade bielorrussa de tais transformações futuras”.
No âmbito do planeamento da programação da Companhia de Teatro de Sintra (CTS) para 2024, enquadrada na temática da “Geografia da Resistência” escolhida para o ciclo anual pela equipa de direção do Chão de Oliva, Susana C. Gaspar, codiretora artística da associação e da companhia teatral, entrou em contacto com a companhia Belarus Free Theatre (BFT) no sentido de se procurar uma parceria e possibilidade de cocriação, tendo em conta o tipo de teatro político e ativista que esta companhia faz.
Em julho de 2022, Natalia Kaliada e Nicolai Khalesin, diretores artísticos da BFT, acompanhados de mais alguns membros da sua equipa foram recebidos na Casa de Teatro de Sintra para uma conversa sobre os trabalhos de ambas as companhias. Foi nesse momento que, em viva-voz, compreendemos a dimensão da perseguição de que têm sido vítimas e do esforço que têm feito para continuar a lutar pela liberdade, democracia e justiça na Bielorrússia. Apesar da impossibilidade de se avançar com uma coprodução, Nicolai e Natalia autorizaram a que fizéssemos a nossa própria criação a partir do texto “Erro 403”.
É a primeira vez que “Erro 403” é criado por outra companhia que não a BFT, numa adaptação e encenação da Companhia de Teatro de Sintra.
CONVITES AO PÚBLICO
A acompanhar o espetáculo, temos uma exposição a partir de um projeto do Memorial da Resistência de São Paulo. “Vozes da Resistência” (Галасы Супраціву), projeto da Embaixada Popular de Belarus no Brasil, reforça a importância de iniciativas de resistência através dos testemunhos de vítimas de violência do regime bielorrusso, como contributo para a construção da memória política do país. Esta exposição é coorganizada em conjunto com a Pradmova – Associação Cultural e Educacional da comunidade Belarussa em Portugal.
Na cenografia do espetáculo, encontra-se um painel com uma partilha da pesquisa documental realizada para esta criação. No final do espetáculo, cada espetador/a poderá observá-lo mais de perto.
Nicolai Khalezin é cofundador e Diretor Artístico do Belarus Free Theatre (BFT). Antes da fundação da BFT, foi editor-chefe dos principais jornais semanais sociopolíticos da Bielorrússia – Name, News e Our Freedom – todos eles encerrados pelo regime. Em tom de resposta, Nicolai organizou protestos em massa pró-democracia na Bielorrússia, incluindo a “Marcha da Liberdade” em 2005. Khalezin foi preso múltiplas vezes e cumpriu pena de prisão na Bielorrússia pelo seu envolvimento em campanhas políticas e atividades teatrais, sendo reconhecido como Prisioneiro de Consciência pela Amnistia Internacional.
Começou a escrever peças em 2004, e em março de 2005 fundou o BFT com a esposa, Natalia Kaliada – que começou por conhecer aquando da realização conjunta de uma campanha internacional sobre os desaparecimentos forçados de cidadãos bielorrussos, vários dos quais conhecia pessoalmente. Autor multipremiado pelo seu teatro humanista, que está proibido de ser apresentado na Bielorrússia por ser ativamente anti-regime.
Nicolai e Natalia vivem exilados em Londres desde 2011, na sequência de diversos ataques e ameaças de morte por parte do governo Bielorrusso; ainda assim, persistem na luta fora do país onde nasceram, partilhando com o mundo informação sobre as faces menos visíveis do governo de Lukashenko.
Susana C. Gaspar (1987) é atriz, encenadora e professora de teatro, investigadora, gestora de projetos e mediadora artística e cultural, além de codiretora artística do Chão de Oliva. Licenciou-se em Ciências da Cultura – com especialização em Comunicação e Cultura na FLUL. Mestre em Educação Artística – especialização em Teatro na Educação, pela ESELx. Pós-graduada em Direitos Humanos, pelo IGC/FDUC. É doutoranda em Estudos Artísticos – Arte e Mediações, na FCSH/UNL. Concluiu a F.I.A (Formação Intensiva Acompanhada – estudos do corpo e do movimento) no CEM, em 2013. Recebeu ainda formação artística de Ávila Costa, Margarida Mestre, Sofia Neuparth, João Mota, Joana Craveiro, Berty Tovías, Maria Gil, Peter Michael Dietz, Miguel Seabra, Maria Repas, Madalena Victorino, Tamara Cubas, Nuno Pino Custódio, entre outros artistas nacionais e internacionais.
Iniciou a sua carreira profissional como atriz em 2008, tendo colaborado com diferentes companhias desde então. Como encenadora, estreou-se em 2011 com “Lampedusa” sobre refugiados, e desde então que tem um vasto histórico de encenações e cocriações. ‘ERRO 403’ é o 7º espetáculo que encena/dirige na Companhia de Teatro de Sintra – Chão de Oliva, depois de “Próximo”, “Chiquinho”, “Indé – teatro para bebés”, “Mentes que Sentem”, “Harveys, nunca mais” e “Cabelo”. A sua criação artística cruza, frequentemente, o teatro documental e os direitos humanos. Dedica-se, ainda, à arte participativa e teatro comunitário.
Susana foi também presidente da Amnistia Internacional em Portugal (2015 a 2017), continuando como membro desta associação, e é atualmente gestora da Plataforma dos Direitos Humanos em Portugal.
Começou o seu percurso de ator com o curso profissional da ACT - Escola de Atores, depois fez parte do GrupoTeatro de Letras dirigido por Ávila Costa enquanto tirava a licenciatura em Teatro - ramo de Atores - na Escola Superior de Teatro e Cinema. Também fez formação com Valentin Teplyakov da GITIS (Academia Russa de Artes de Moscovo), Jorge Parente, Nuno Pino Custódio e Hajo Schüler (diretor artístico da companhia alemã Familie Flöz). Tem trabalhado como freelancer com diversas companhias nacionais, e já fez participações em televisão e cinema. A participação em "Erro 403" é também a sua estreia como ator da Companhia de Teatro de Sintra.
Estuda na Escola Secundária de Santa Maria, em Sintra, onde frequenta o Curso Profissional de Intérprete/Ator/Atriz. Interpretou uma peça coletiva que venceu uma menção honrosa no concurso Mostra de Teatro das Escolas de Sintra. Já fez estágios em projetos como o Reino do Natal e o Festival Imaginário, ambos em Sintra. Com o estágio no espetáculo “Erro 403” tem agora a sua primeira oportunidade de participar num espetáculo de teatro profissional.
É diplomada em Teatro - ramo Atores - pela Escola Superior de Teatro e Cinema e cocriadora do coletivo artístico Os Possessos, onde trabalha como atriz e também cocriadora de alguns espetáculos. Também já teve a oportunidade de cocriar ou ser assistente de encenação noutros espetáculos, para outras companhias. Como atriz freelancer, já passou por espetáculos de diferentes companhias nacionais, assim como entrou nalguns conteúdos para televisão e cinema. Também é a primeira vez que entra num espetáculo da Companhia de Teatro de Sintra.
Fez os cursos da EPTC e depois da ESTC. Ator desde 1996, integrou o elenco do TEC, da Cornucópia, da Comuna e da Escola de Mulheres, tendo sido dirigido por encenadores como Carlos Avilez, Luís Miguel Cintra, João Mota, Fernanda Lapa, entre outros. Encenou até hoje 3 espetáculos. Participa regularmente em séries e telenovelas e por vezes no cinema. Dá formação em teatro desde 2003 e desde 2005 que é ator de teatro em projetos independentes ou de companhias nacionais. Este é o 3º projeto do Chão de Oliva em que participa, tendo entrado na "Cruzada das Crianças" da Fio d'Azeite - Grupo de Marionetas e nas "Bestas de Lugar Nenhum" da Companhia de Teatro de Sintra.
Atriz, criadora, gestora de projetos e investigadora. Licenciada em Política Social, pelo ISCSP, iniciou aí a pesquisa em intervenção comunitária pelas práticas artísticas. Desenvolve projetos na área da Arte Participativa e suas possibilidades de intervenção, no âmbito do seuMestrado em Teatro (especialização em Teatro e Comunidade), na Escola Superior de Teatro e Cinema. Enquanto atriz e criadora colaborou com inúmeras companhias e artistas individuais. Desde 2015, é fundadora e Diretora Artística da RUGAS – Associação Cultural, onde cria, escreve, dirige e produz projetos, para e com públicos de tipologia diversa, abrangendo as áreas do teatro, performance e cinema. Em 2021, cofundou a produtora de cinema CIDADES IRREQUIETAS onde desempenha funções de cogestora, produtora, argumentista e atriz. Esta é a 2ª vez que entra num espetáculo da Companhia de Teatro de Sintra, sob a direção de Susana C. Gaspar, tendo o primeiro sido o 'Próximo'.
Frequentou o curso de História, da UCL, antes de mudar para o ramo artístico. Cofundador da Raiz de Um, onde produziu filmes institucionais, publicitários, videoclipes e documentais. Em 1992, inicia-se a criar vozes para séries de desenhos animados, atividade que ainda mantém. Frequenta o curso de expressão dramática e participa em diversos workshops de técnicas teatrais no Centro em Movimento, e em 2005 torna-se formando de Marcia Haufrecth (NY). Colabora regularmente com o Chão d’Oliva como ator da Companhia de Teatro de Sintra, tendo entrado em diversos espetáculos (desde 1999), e com a Éter – Produção Cultural (desde 2010). Ocasionalmente participa também em espetáculos de outras companhias nacionais. Já passou pelo cinema e pela televisão. É ainda formador artístico, dando ateliês a crianças e adolescentes e colaborando na Mostra de Teatro das Escolas de Sintra.
É Professor Adjunto da Escola Superior de Educação de Lisboa, onde preside ao Departamento de Formação e Investigação em Artes e Design e coordena a Licenciatura em Música na Comunidade desenvolvida em conjunto com a Escola Superior de Música de Lisboa. No âmbito dessas funções, tem desenvolvido trabalho na formação e acompanhamento de práticas de Músicos na Comunidade, Animadores Socioculturais e Mediadores Artísticos e Culturais. Obteve, em 2018, o título de Especialista em Música na Comunidade conferido pelo consórcio constituído pelo Instituto Politécnico de Lisboa, Instituto Politécnico de Coimbra, Instituto Politécnico de Santarém e Universidade de Aveiro.Esta é a 4a vez que colabora com o Chão de Oliva na construção dos ambientes sonoros do espetáculo, já o tendo feito antes com as 'Bestas de Lugar Nenhum' e 'Uma Escuridão Bonita' para a Companhia de Teatro de Sintra e com a 'Cruzada das Crianças' para o Fio d'Azeite - Grupo de Marionetas.
Formou-se em Multimédia e Audiovisuais. Socio-Gerente da Empresa Show Ventura, trabalha como técnico de luz e vídeo, com foco na criação e operação de desenhos de luz. Trabalha também como iluminador para empresas diversas, e criou desenhos de luz para projetos como "The Ocean and This Will Destroy You European Tour '23" e US Tour '24, "D'zrt Encore Sessions", "Bestas de Lugar Nenhum" - pela Companhia de Teatro de Sintra, “Online Dance Company”. Acompanha a banda The Ocean(DE) como LD e diretor técnico, e acompanhou outras como This Will Destroy You(USA) e BLKBRDS(PT). Foi responsável técnico da Casa de Teatro de Sintra, e trabalhou com associações como teatromosca, Silly Season, Tremor Teatro, Lobby Teatro assumindo a Dir. Técnica de alguns festivais. Trabalhou com técnicos e artistas como Cifrão, Robin Stacks, Rui Daniel, Anastasia Levenson, Daniela Mercury, Diogo Piçarra, Carlos Pimenta, Rui Monteiro e Nuno Meira.
Companhia residente do Chão de Oliva – Centro de Difusão Cultural, a Companhia de Teatro de Sintra (CTS) foi a primeira estrutura profissional de teatro a ser criada em Sintra, em 1990, mantendo, desde então, uma atividade contínua de criação.
O crescente reconhecimento do trabalho desta Companhia reflete-se em convites para a participar em festivais e colaborar em coproduções com várias companhias e estruturas portuguesas e estrangeiras, como são o caso, entre outras, de A Comuna – Teatro de Pesquisa, Companhia de Teatro de Almada, Teatro Praga, JGM, Teatro da Garagem, Mala Voadora, Compª Cuarta Pared (Madrid), Teatro Matarille (Santiago de Compostela), Grupo Teatro Por Que Não? (Santa Maria, Brasil), Grupo Lareira Artes (Maputo, Moçambique), CACAU-Fundação Roçamundo (São Tomé e Principe), Fladu Fla (Cabo Verde).
O Teatro Livre da Bielorrússia (Belarus Free Theatre – BFT) é a única companhia de teatro na Europa proibida pelo seu governo por motivos políticos.
Fundado em Minsk em 2005, o BFT surgiu como um desafio direto à censura absoluta à liberdade de expressão artística na “Última Ditadura da Europa”. A associação foi rapidamente forçada à clandestinidade, confrontada com assédio e perseguição pelo seu papel no desafio do status quo e na exigência de reconhecimento para aqueles que estavam escondidos às margens de uma sociedade opressora. Em 2011, os três líderes artísticos da companhia, Natalia Kaliada, Nicolai Khalezin e Vladimir Shcherban, foram forçados ao exílio.
Tornando-se refugiados políticos no Reino Unido, o BFT recebeu uma casa em Young Vic, Londres. Desde então, o Teatro Livre da Bielorrússia (BFT) tem trabalhado além-fronteiras para criar, fazer campanha e educar – construindo um movimento pela democratização, pelos direitos humanos e pela liberdade artística.
Em Minsk, onde a companhia é ilegal, o conjunto permanente do BFT continua a apresentar-se mais de 100 vezes por ano. Diariamente a associação realiza projetos de ensino e educação para jovens artistas e ativistas através de sua academia Studio Fortinbras. Ensaiando entre o Reino Unido e a Bielorrússia por Skype, a companhia apresenta-se em espaços subterrâneos temporários, em constante fuga. O público do BFT, “o público mais corajoso do mundo”, enfrenta uma possível prisão e detenção simplesmente por comparecer a um espetáculo.
A nível internacional, o BFT percorre, atua e faz campanhas extensivas pela justiça social e pela proteção das pessoas estigmatizadas e condenadas ao ostracismo pelas suas sociedades. Até o momento, o BFT criou mais de 25 produções e apresentou-se em mais de 40 países. O Teatro Livre da Bielorrússia (BFT) acredita que, embora a ditadura e as restrições à liberdade de expressão existam na sua forma absoluta na Bielorrússia, devemos continuar a desafiar e resistir aos limites da liberdade artística e às barreiras à compreensão mútua onde quer que ocorram.
O Teatro Livre da Bielorrússia (Belarus Free Theatre – BFT) é a única companhia de teatro na Europa proibida pelo seu governo por motivos políticos.
Fundado em Minsk em 2005, o BFT surgiu como um desafio direto à censura absoluta à liberdade de expressão artística na “Última Ditadura da Europa”. A associação foi rapidamente forçada à clandestinidade, confrontada com assédio e perseguição pelo seu papel no desafio do status quo e na exigência de reconhecimento para aqueles que estavam escondidos às margens de uma sociedade opressora. Em 2011, os três líderes artísticos da companhia, Natalia Kaliada, Nicolai Khalezin e Vladimir Shcherban, foram forçados ao exílio.
Tornando-se refugiados políticos no Reino Unido, o BFT recebeu uma casa em Young Vic, Londres. Desde então, o Teatro Livre da Bielorrússia (BFT) tem trabalhado além-fronteiras para criar, fazer campanha e educar – construindo um movimento pela democratização, pelos direitos humanos e pela liberdade artística.
Em Minsk, onde a companhia é ilegal, o conjunto permanente do BFT continua a apresentar-se mais de 100 vezes por ano. Diariamente a associação realiza projetos de ensino e educação para jovens artistas e ativistas através de sua academia Studio Fortinbras. Ensaiando entre o Reino Unido e a Bielorrússia por Skype, a companhia apresenta-se em espaços subterrâneos temporários, em constante fuga. O público do BFT, “o público mais corajoso do mundo”, enfrenta uma possível prisão e detenção simplesmente por comparecer a um espetáculo.
A nível internacional, o BFT percorre, atua e faz campanhas extensivas pela justiça social e pela proteção das pessoas estigmatizadas e condenadas ao ostracismo pelas suas sociedades. Até o momento, o BFT criou mais de 25 produções e apresentou-se em mais de 40 países. O Teatro Livre da Bielorrússia (BFT) acredita que, embora a ditadura e as restrições à liberdade de expressão existam na sua forma absoluta na Bielorrússia, devemos continuar a desafiar e resistir aos limites da liberdade artística e às barreiras à compreensão mútua onde quer que ocorram.
Criação Companhia de Teatro de Sintra
Autor Original Nicolai Khalezin (Belarus Free Theatre)
Tradução Sónia Pinho
Encenação e Dramaturgia Susana C. Gaspar
Interpretação André Pardal, Beatriz Oliveira, Catarina Rôlo Salgueiro, Hugo Sequeira, Patrícia Susana Cairrão (RUGAS) e Rogério Jacques
Sonoplastia Abel Arez
Desenho Luz Marco Lopes (Show Ventura)
Cenografia e figurinos Chão de Oliva
Produção: Chão de Oliva
Direção de Produção: Nuno Correia Pinto
Produção Executiva: Nisa Eliziário
Secretariado e Apoio à Produção: Cristina Costa
Execução e Montagem Cenográfica: Luiz Quaresma e Ton Bonassa
Operação técnica: Ton Bonassa
Direção de Comunicação: Susana C. Gaspar
Design e Comunicação: Catarina Fontinha
Fotografia: Sérgio Santos (fotografia de cartaz) e Susana Chicó (fotografia de cena)
Assessoria de Imprensa: The Square
Agradecimentos especiais
Sociedade Filarmónica Boa União Montelavarense | Bombeiros Voluntários São Pedro de Sintra | Pedro A. Neto | Katsiaryna Drozhzha | Maryia Lysenka
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