AUTOR: H. IBSEN
ENCENAÇÃO: JOÃO DE MELLO ALVIM
ESTREIA: 18 DE MAIO

SOBRE O ESPECTÁCULO

1 – A montagem de a “Casa de Bonecas” de Ibsen, integra-se num dos vectores da programação da Companhia de Teatro de Sintra e que tem a ver com o conhecimento, a aprendizagem e a divulgação da grande dramaturgia mundial. Para nós não é possível falar de uma Companhia de repertório, como nos assumimos, sem abordar os grandes autores que marcaram a história do teatro e que, com a mestria dos predestinados, sintetizaram em épocas variadas, os problemas, as temáticas e as preocupações profundas que ainda hoje marcam a humanidade e traçam – com diferenças apenas no acessório – a nossa maneira de viver. Depois de Strindberg, e neste primeiro Roteiro da Intemporalidade, continuamos com Ibsen – a primeira abordagem foi a co-produção, “História de um Mentiroso”, com a estrutura JGM_Unipessoal – para, ainda este ano, voltarmos a Tckekov.

Quanto à forma e atendendo que por limitações económicas apenas podemos montar dois espectáculos por autor, apostamos em dois tipos de leitura: uma mais clássica e reflexiva sobre as indicações dos autores, como é o caso desta “Casa de Bonecas” e antes “A Menina Júlia” de Strindberg, e uma outra mais experimental, como na já referida “História de um Mentiroso” e, antes, em “A Entrega” a partir de textos de Strindberg.

2 – Com este espectáculo comemoramos os 20 anos da Associação Cultural Chão de Oliva estrutura-mãe onde se insere a Companhia de Teatro de Sintra e, essencialmente, homenageamos a Maria (João Fontaínhas). 20 anos são passados numa luta persistente pela afirmação de um projecto cultural pioneiro em Sintra e que hoje é uma referência nacional, quando a mediocridade caseira, na altura, nos apelidava de megalómanos e não nos augurava mais do que uns meses de vida. 20 anos que a Maria não pode comemorar fisicamente junto de nós, mas que está presente no dia-a-dia do nosso trabalho, em cada ensaio, em cada dia de montagem do espectáculo, em cada dia de representação, pelo exemplo que deu de dedicação, entusiasmo e iniciativa. Exemplo que contribuiu para construir um património que nos dá (ainda) mais força para continuar com os projectos em que ela participou e estão por cumprir, e outros que ela se orgulhará pois viviam e continuam a viver nos nossos sonhos.

João de Mello Alvim

FICHA TÉCNICA E ARTÍSTICA

Texto: Henrik Ibsen; Tradução: Liliana Rodrigues; Versão final: Liliana Rodrigues, Manuel Sanches e João de Mello Alvim; Encenação: João de Mello Alvim; Cenografia: António Casimiro; Figurinos: Miguel Sá Fernandes; Interpretação ao piano: (gravação) Maestro João Paulo Santos; Intérpretes: Cristina Basílio, Pedro Cardoso, Nuno Correia Pinto, Sofia Borges, Hugo Amaro, Cláudia Faria e Emília Filipe; Imagem gráfica e Desenho de Luz: André Rabaça; Fotografia: Aurélio Silva; Direcção de Produção: Nuno Correia Pinto; Assistente de produção: Filipe Felício; Secretária de Produção: Carina Moreira; Direcção Técnica: André Rabaça; Técnico de luz e som: André Rabaça; Montagem: André Rabaça, Nuno C. Pinto e Pedro Tomé