A Companhia de Teatro de Sintra encontra-se em processo de criação para:
“Teoria King Kong”, a partir da obra de Virginie Despentes
Encenação e adaptação de Paula Pedregal
“Teoria King Kong” será um manifesto de teor feminista em forma de espetáculo de teatro. Uma atriz encontra-se no palco para interpretar personagens de mulheres que não pedem desculpa por serem livres, não aceitam o papel de vítimas, nem de mulheres bem comportadas. Ao “aproveitar” o teatro como lugar de fala e empoderamento, construímos personagens/mulheres que enfrentam as suas escolhas, as suas traições, os fracassos, os sucessos, como parte de um exercício de liberdade e igualdade.
Aproveitamos a boleia de Virginie Despentes para falar da temática da sexualidade feminina e de alguns “tabus” em relação ao prazer e ao desejo das mulheres. O espetáculo pretende falar, de forma provocadora e irreverente, de questões fraturantes como a prostituição, a pornografia e a violação. Não faltarão também provocações para que os homens comecem a falar deles próprios, das suas masculinidades e, assim, parem de falar pelas mulheres, pois isso “evita que falem deles”. Este projeto parte da obra de Virginie Despentes, “Teoria King Kong”, para se debruçar sobre reivindicações identitárias, já antigas, relativas às questões/desigulades de género, na perspectiva do modelo binário, mas desta vez, à luz dos novos feminismos. O seu conteúdo é portanto político e filosófico, assumindo o tema das Identidades como uma das grandes questões políticas do nosso tempo.
Estreia maio 2025
Casa de Teatro de Sintra
“M.F. Outro”
teatro documental com direção artística de Susana C. Gaspar
Enquadrado na “geografia do género” que define o ciclo de criação para o Chão de Oliva no ano de 2025, dialogando com os restantes eixos – de programação e serviço educativo – a Companhia de Teatro de Sintra, com direção artística de Susana C. Gaspar, regressa ao teatro documental para uma criação sobre identidade e expressão de género. Nas últimas décadas, temos assistido a uma contínua luta pela “igualdade de género”, para uma maior igualdade entre homens e mulheres. Contudo, os últimos anos têm também sido prolíficos na literatura sobre questões de género e sobre a discriminação de que têm sido vítimas as pessoas não-binárias. Recentemente, algumas políticas públicas para a igualdade têm procurado olhar para essa diversidade, contudo, há um longo caminho a fazer. A criação do texto estará alicerçada em testemunhos reais, recolhidos pela equipa artística – teatro verbatim – e em informações recolhidas em documentos, como relatórios e artigos. Partimos de ferramentas como devising theatre, improvisação teatral e expressão do corpo, movimento e diálogo com a multimédia como pontos de partida para a criação.
Estreia novembro 2025
Casa de Teatro de Sintra
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