AUTOR: Baltasar Lopes
ENCENAÇÃO: Sabino Baessa e Susana C. Gaspar
CRIAÇÃO: Fladu Fla  e Companhia de Teatro de Sintra – Chão de Oliva
CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA: M/12
ESTREIA:  2020

SINOPSE

Chiquinho é o nome da peça de teatro inspirada na obra literária de Baltasar Lopes, com o mesmo nome. Esta criação teatral é fiel à poesia do romance e conta a história do protagonista a partir da sua infância, a sua juventude em São Vicente e o seu regresso ao São Nicolau, até o momento da sua partida para América.
Chiquinho é uma coprodução resultante de uma parceria entre Companhia de Teatro Fladu Fla (Cabo Verde) e Companhia de Teatro de Sintra / Chão de Oliva (Portugal).
A história retrata as conjunturas da seca e toda a dinâmica do povo das ilhas, com foco em São Nicolau, numa luta persistente contra a fome, face à esperança eterna na chuva que não cai. Ciente da previsão do lunário perpetuo sobre a seca cíclica de 20 em 20 anos no país, provocado pelo desvio da chuva das terras áridas para o mar, a força da crença no divino obriga o povo a manter o apego firme à terra, mesmo que entre no processo da morte lenta, provocada pela fome.
Nesse drama de uma “vida miúda” como o próprio sujeito da história nos faz saber, ora como narrador, ora como personagem integrante da sua própria vida, durante uma hora, faz-se uma abordagem dos capítulos da obra. Os três atores e uma atriz, interpretam vários episódios desta história que se transformou em clássico da literatura cabo-verdiana.

BIO FLADU FLA

A Associação Teatral FLÁDU FLA tem como objetivo primordial a promoção do espírito de grupo, integração social e profissional dos associados para um cabal exercício da cidadania. Ainda, desenvolver atividades de sensibilização dos jovens face à problemática moderna que assola a sociedade cabo-verdiana. A cultura, sobretudo de identidade cabo-verdiana, constitui para a associação um veículo no cumprimento dos objetivos preconizados.
A Associação Teatral FLÁDU FLA foi criada em agosto de 2002 por cinco elementos e passou à condição de Associação em 27 de Março de 2004.
Conta com cerca de cinquenta associados com formação superior e especializações em diversas áreas. Integram ainda a associação, jovens do ensino secundário e universitários que representam a maior percentagem de associados. Toda a atividade da associação é orientada por um Conselho Superior, constituído por uma equipa de técnicos multidisciplinar que vem acompanhando a associação desde a sua criação. Ao longo da sua existência, a associação tem assumido o compromisso de promover a integração e participação dos jovens no processo do desenvolvimento do país.
Caminhando para seu 15º aniversário, a associação financiou e coo-participou no financiamento da formação académica e na promoção da sua integração profissional de cerca de 20 associados.
A associação produziu um filme – longa-metragem intitulado, PEGADAS.
Em parceria com DGJ, INE, DGAE, CVTELECOM, CCS – SIDA, FICASE e VERDEFAM, a associação produziu inúmeros projetos audiovisuais promocionais e de intervenção social.
A associação participou ainda nos festivais de teatro organizado pela Direção Geral de Juventude, pela Associação MINDELACT e em atividades promovidas pela ONU, Caritas de Cabo Verde, CMP, CCP, IPC, entre outras.
A identificação, a investigação, a análise e a promoção, sob ponto de vista artístico, dos aspetos tradicionais da cultura de Cabo Verde, constituem as metodologias de trabalho da associação. Pois, a mesma considera que a valorização de um povo na era da globalização deve-se, entre os demais, à sua identidade cultural perante diversidades culturais.

BIO COMPANHIA DE TEATRO DE SINTRA

A Companhia de Teatro de Sintra foi a primeira estrutura profissional de teatro a ser criada em Sintra (1992). Desde então tem mantido uma atividade contínua e de oferta permanente, assim como um projeto artístico peculiar e coerente.
Atributo importante desta estrutura foi o processo que conduziu à sua formação, já que ele não “veio de fora”, mas antes partiu do desenvolvimento do trabalho de animação teatral feito junto das várias comunidades de Sintra, e surgiu como uma necessidade natural de desenvolvimento qualitativo desse mesmo trabalho, só possível através da profissionalização.
O reconhecimento da Companhia tem vindo a ser consolidado, com reflexo nos convites para participação em festivais e também no estabelecimento de acordos de coprodução com companhias e estruturas portuguesas e internacionais. Dentro desta perspetiva de cruzamento de experiências artísticas a CTS/CO convida encenadores provenientes de várias escolas, privilegiando nesta escolha a experiência do percurso e/ou a procura de percursos inovadores.

FICHA TÉCNICA E ARTÍSTICA

Dramaturgia/Encenação: Sabino Baessa e Susana C. Gaspar; Cenografia: Sabino Baessa e Alvaro Cardoso; Cenografia em Portugal: Companhia de Teatro de Sintra; Desenho de Luz: Marco Lopes; Desenho de Luz em Cabo Verde: Paulo Silva; Figurinos: Criação Coletiva; Interpretação: Alvaro Cardoso, Cleny Almeida, Jailson Miranda e Vandrea Monteiro; Apoio técnico em Portugal: Luiz Quaresma; Apoio técnico em Cabo Verde: Alvino Mota e Abeline Adruzila
Apoio à produção: Biblioteca Nacional de Cabo Verde
Comunicação: Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas de Cabo Verde e The Square (Portugal); Apoios em Portugal: Câmara Municipal de Sintra e Direção Geral das Artes.