ÑAQUE OU PIOLHOS E ACTORES

AUTOR: JOSÉ SANCHIS SINISTERRA
ENCENAÇÃO: JOÃO DE MELLO ALVIM
DATA DE ESTREIA: 16 DE MAIO DE 2002

SOBRE O ESPECTÁCULO

O que nos leva a fazer teatro? Porquê, por entre tanto lamento (o nosso), e tanta incompreensão (dos outros), continuamos a pensar na próxima montagem, mal estreamos?

E para que serve e a quem serve o teatro? Com tantas prioridades (saúde, emprego, impostos, segurança, etc), onde se encaixa a cultura, e dentro desta, o teatro? Quem daria (e nem sequer falo do Dr. Vasco da Graça Moura) pela nossa falta se encerrassemos as portas?

Se calhar é o medo da solidão, o medo de ficarmos reduzidos a Bululú – como se diz no texto de “Ñaque ou sobre Piolhos e Actores”, ou o medo da morte que nos cria este afã de viver, com que nos enganamos em cada montagem.

Ou então é a (nossa) condição humana que alimenta esta (nossa) ilusão de voo, de refulgência, de inadiabilidade.

João de Mello Alvim

FICHA TÉCNICA E ARTÍSTICA

Autor: José Sanchis Sinisterra; Tradução: Graça Afonso Cruz; Dramaturgia e Encenação: João de Melo Alvim; Interpretação: Nuno Correia Pinto e João Mais; Espaço Cénico: Companhia de Teatro de Sintra; Direcção Plástica e Figurinos: Jorge Cerqueira; Imagem Gráfica: Maria João Fontaínhas / André Rabaça; Fotografia e Arranjos Gráficos: André Rabaça; Luz: Carlos Arroja; Operador de Luz e Som: Carlos Arroja / André Rabaça; Apoio Geral: Tiago Matias; Direcção de Produção: Maria João Fontaínhas; Produção Executiva: Elvira Pereira; Secretariado de Produção: Ana Rita Osório; Direcção de Montagem: Nuno Correia Pinto; Montagem: Carlos Arroja / André Rabaça