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14º PERIFERIAS – Festival Internacional de Artes Performativas
14th PERIFERIAS – International Performative Arts Festival

A MATANÇA DO PORCO DO PAI

DIA 8 DE MARÇO | 21H30 | Ed.Multiusos Cultural de Belas
8th OF MARCH | 21H30 | Belas Cultural Multipurpose Building

Localização: Praça 5 de Outubro 16, 2605-021 Belas

De / From Ritual de Domingo 

Teatro | M/16 | 100 Min.

Bilhetes à venda na Ticketline / Tickets for sale on Ticketline
5€/pax | público em geral / general public
2,5€/pax | <25 ou/or >65

SINOPSE

“A Matança do Porco do Pai”, é uma criação original de Sónia Barbosa, que explora as dinâmicas familiares e os complexos rituais de poder e violência enraizados na vida quotidiana. A peça desenrola-se em torno de uma família que vive à sombra de um pai opressor, numa narrativa onde a figura do porco é central, simbolizando as relações de submissão e a violência latente no núcleo familiar.
O texto foi escrito partindo de uma pesquisa sobre a tradição da matança do porco, associada às hierarquias de poder e autoridade dentro da família, aos rituais comunitários onde a violência tem um papel importante, e ao choque geracional e cultural vivido nos últimos 30 a 40 anos.

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SINOPSIS

“A Matança do Porco do Pai” is an original creation by Sónia Barbosa, which explores family dynamics and the complex rituals of power and violence rooted in everyday life. The play revolves around a family living in the shadow of an oppressive father, in a narrative where the figure of the pig is central, symbolizing the relationships of submission and latent violence within the family nucleus.
The text was written based on research into the tradition of pig killing, associated with hierarchies of power and authority within the family, community rituals where violence plays an important role, and the generational and cultural clash experienced over the last 30 to 40 years.

Mais sobre o espetáculo

O processo para a criação do espectáculo “A Matança do Porco do Pai” foi rico e complexo. Passou por
um período de entrevistas a diversas pessoas, com quem conversei sobre a tradição da matança do
porco – o leitmotiv que guiou esta viagem – mas também sobre as suas memórias de infância, sobre as
dinâmicas familiares, que sempre envolvem hierarquias, poder, compromisso, e muitas vezes violência.
O pensamento sobre a violência sempre me interessou. Particularmente interessa-me esta zona de
sombra onde muitas vezes a violência opera, duma forma extremamente transversal e presente em toda
a nossa vivência quotidiana. O propósito é o de iluminar essas zonas de sombra, torná-las visíveis, de
modo a podermos mais facilmente elaborar, reflectir, incorporar e, na melhor das hipóteses, agir sobre
elas.

Neste processo cabe ainda uma aproximação às minhas próprias memórias, partindo de uma perspectiva individual e subjectiva, que, no entanto, pretende universalizar-se: acolher e abrir espaço para muitas outras perspectivas (as dos espectadores) que se identificam com muitos dos temas, ambientes e situações que aqui se ficcionam.

A Matança do Porco serve como ambiente metafórico onde muitas coisas ressoam como parte de nós. Essas coisas podem ser contraditórias. A matança é ao mesmo tempo violência e celebração; modo de sobrevivência mas também prática de alguma forma questionável; faz-nos reflectir sobre a importância da vida comunitária e a falta que ela nos pode fazer; evoca um tempo onde muitas coisas nos pareciam melhores, mas que tantas outras eram seguramente piores.

Num tempo de transição, de mudança de paradigma, onde os nossos modos de vida têm cada vez menos pontos de contacto com aqueles dos nossos Avós, reflectir sobre isto é tentar religar fios entre o passado e o futuro, com a convicção de que esquecermos de onde viemos nunca nos ajudou a decidir melhor para onde iremos.

O espectáculo é a súmula de tudo isto, com a sua natureza, a sua forma, os seus corpos, a sua densidade, os seus ambientes (emocionais, visuais, sonoros, espaciais), fruto do trabalho imenso duma equipa maravilhosa que, em conjunto, vos quer contar uma história. — Sónia Barbosa (a autora escreve segundo o antigo AO)

Em memória de Jorge Fraga

FICHA ARTÍSTICA & TÉCNICA / ARTISTIC & TECHNICAL CAST

Texto e encenação de Sónia Barbosa / Interpretação de Hugo Inácio, Joana Gomes Martins, Márcia Mendonça, Nuno Nunes, Sónia Barbosa / Desenho de luz e gestão da produção de Cristóvão Cunha / Cenografia de Susete Rebelo e António Quaresma / Figurinos de Sónia Barbosa com apoio de Ricardo Carneiro / Música original de Ana Bento / Design de comunicação de Nuno Rodrigues / Apoio à dramaturgia de Sandro William Junqueira / Fotografia de Estelle Valente / Registo de vídeo de Tomás Pereira / Apoio à investigação de Rui Macário / Apoio à gravação, mistura e masterização de Bruno Pinto
/ Assistência encenação de Ricardo Carneiro / Assistência produção de Bárbara Marques / Assistência comunicação de Juan Brízida / Assistência construção de Jonas Ribeiro / Técnica de Fernando Queiroz e Tomás Gamboa

Apoios e Logos PERIFERIAS 2025 V3