A.NORM@l

Projeto

Este espetáculo de teatro é o resultado de uma pesquisa teatral realizada com a comunidade escolar da Escola EB e JI Feliciano Oleiro, em Almada. A nossa equipa artística esteve nas salas de aula das turmas do pré-escolar até ao 4º ano de escolaridade.

As crianças foram convidadas a serem investigadores na nossa pesquisa sobre o que poderia ser anormal. Fomos à escola com batatas e pedras e do outro lado encontramos a imaginação. Deixámos amigos imaginários em forma de batata; algumas criaram raízes, outras ganharam casa, cama e material escolar. Ganharam nome, cabelo e tornaram-se companheiras de sala de aula. “Onde já se viu, uma batata assim a crescer à frente de toda a gente!
A seguir vieram as pedras e os minerais! Lembrar que as pedras não são apenas cinzentas. Tocar e sentir o peso de cada pedra! Imaginar histórias para as pedras de cores inesperadas!

Depois fomos à procura de palavras, traços ou até mesmo sombras criadas pelas crianças! Dizem elas que é anormal ver uma gaivota no espaço, uma girafa nascer com cabeça de crocodilo, atirar-se ao chão muitas vezes, pais a discutirem um com o outro ou uma criança bater nas outras. É anormal, mas para algumas é comum acontecer.
Dissemos que qualquer um poderia ser a nossa personagem principal. Imaginámos que poderes mágicos seriam úteis nesta viagem ao fundo da terra!

Este espetáculo é inspirado na família de sombras reunida por Maria Lourdes de Castro: “Fico contentíssima sempre que encontro um parente”. A partir do seu imaginário, fomos convocadas a imaginar e a representar uma outra relação temporal. O reconhecimento da natureza como parte de mim, como uma extensão do meu pensamento e do meu sentir.
A natureza, a silhueta e as sombras como premissas artísticas para imaginar uma história ao fundo da terra.