A Companhia de Teatro de Sintra foi a primeira estrutura profissional de teatro a ser criada em Sintra (1990). Desde então tem mantido uma actividade contínua e de oferta permanente, assim como um projecto artístico peculiar e coerente.
Atributo importante desta estrutura foi o processo que conduziu à sua formação, já que ele não “veio de fora”, mas antes partiu do desenvolvimento do trabalho de animação teatral feito junto das comunidades escolar e associativa de Sintra, e surgiu como uma necessidade natural de desenvolvimento qualitativo desse mesmo trabalho, só possível através da profissionalização.
A nível nacional, o prestígio da Companhia tem vindo a ser consolidado, com reflexo nos convites para participação em festivais e também no estabelecimento de acordos de co-produção com companhias e estruturas de produção portuguesas – como são o caso de A Comuna – Teatro de Pesquisa, Companhia de Teatro de Almada, Teatro em Branco, Teatro Praga , Transforma A.C., JGM, Teatro da Garagem, Mala Voadora – e estrangeiras – Compª Cuarta Pared, Madrid, Teatro Matarille, Santiago de Compostela, Grupo Teatro Por Que Não?, Santa Maria, Brasil, Grupo Lareira Artes, Maputo, Moçambique e CACAU-Fundação Roçamundo, São Tomé e Principe.
Dentro desta perspectiva de cruzamento de experiências artísticas – e embora os espectáculos da CTS sejam maioritariamente assinados pelo fundador e Director Artístico, João de Mello Alvim -, a CTS convida outros encenadores provenientes de várias escolas, privilegiando nesta escolha a experiência do percurso e/ou a procura de percursos inovadores. Assim, e entre outros, participaram no trabalho da CTS/CO, Maria Germana Tânger, Mário Viegas, António Augusto Barros, Cândido Ferreira, João Grosso, João Mota, Antonino Solmer, Filipe Crawford, João Fiadeiro, Vera Mantero, Francisco Camacho, Joaquim Benite, Jorge Listopad, Carlos Pimenta, Pedro Penim, José Manuel Castanheira, Filipe Faísca, José Fragateiro, António Casimiro, Daniel Worm D´Assumpção, Miguel Sá Fernandes, João Garcia Miguel, Paula Pedregal, Graça P. Corrêa e os artistas plásticos Leonel Moura, Julião Sarmento e Fátima Pinto.
No conjunto de espectáculos montados encontram-se autores como Gil Vicente, Tchekov, Henrique da Mota, Marivaux, Federico Garcia Lorca, Karl Valentim, Camilo Castelo Branco, Dario Fo, Shakespeare, Stig Dagerman, Eduardo Pavlovsky, Maquiavel, José Sanchis Sinisterra, Gao Xingjian, Jorge Listopad, Álvaro de Magalhães, Carlos Tê, José Topa, João Garcia Miguel, August Strindberg ,H. Ibsen, Jean Cocteau, Maeterlink, Eugene O´Neil, Pirandello, Ana Saragoça, Tennessee Williams; e ainda os portugueses, com textos adaptados, Eça de Queirós e Ramalho Ortigão, Cesário Verde, Bernardo Soares/Fernando Pessoa, Alexandre O´Neill, Nuno Bragança, Maria Gabriela Llansol, Pedro Paixão, e José Saramago.